Você tem a flor que não lhe dei.
De fato, nem a cor dela sei.
Se ela é alta, disofme, perfumada,
de ouro, bronze ou prateada.
Ainda a vejo em seu olhar,
na chama de seu ódio,
na precisão de seu falar,
na ousadia de ratalhar.
Mas há, ainda, a flor.
Flor estúpida, ranzinza, colorida como se borboleta, desprezível, efêmera e inexistente. Digna de dúvida.
E não há flor.
De nenhum jardim, ramalhete, semblante semelhante ao meu.
Repenso, relevo.
Reduzo, elevo.
Chego, passo, devoro.
Rechaço, reluzo, decoro.
De novo...
E há a flor.
E não há a flor.
De novo,
não há dor.
quarta-feira, 1 de abril de 2009
Primavera
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3 comentários:
A flor está onde não há nenhuma flor.
Você comete, somente você, certas sutilezas. Ou é pura imaginação. :-)
È a floor que vc já não sabe mais a cor...
Ou nunca soubera?...
É o ramalhete de espinhos escondiidos por traz de bela forma...
Vermelha sangue.
É a velha que a não dança
è a flor sem àgua...ou é amor incompreendido?
É amor que já nao ve mais ou nuunca viu?
é como adaga sutil...
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